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Era dos nós: como defeitos primordiais podem explicar por que o Universo existe

Era dos nós: como defeitos primordiais podem explicar por que o Universo existe

Nós topológicos podem soar como coisa de ficção, mas pesquisadores da Universidade de Hiroshima sugerem que uma “era dos nós” no Universo primitivo pode ter gerado o excesso de matéria que permitiu nossa existência. Quer entender como defeitos cósmicos viraram peça-chave da história cósmica?

O problema da assimetria matéria/antimatéria e o limite do Modelo Padrão

Nós topológicos são uma hipótese que tenta explicar por que há mais matéria que antimatéria. A diferença pode ter surgido nos primeiros instantes do Universo.

O que é a assimetria matéria/antimatéria

A assimetria é o fato de vermos hoje mais partículas de matéria que de antimatéria. Se não houvesse essa diferença, matéria e antimatéria teriam se aniquilado mutuamente.

Limites do Modelo Padrão

O Modelo Padrão descreve bem muitas partículas e interações. Ainda assim, ele não explica a magnitude da assimetria observada no cosmos.

Uma razão é que a violação de CP prevista é pequena demais para gerar o excesso. Violação de CP é uma diferença sutil entre comportamento da matéria e da antimatéria.

Por que precisamos de nova física

Processos além do Modelo Padrão podem amplificar a produção de matéria. Exemplos incluem neutrinos pesados, novas interações e defeitos cósmicos.

Nós topológicos são defeitos que armazenam energia e depois decaem. O decaimento pode liberar partículas que favorecem a matéria sobre a antimatéria.

Condições para gerar assimetria

Para formar o excesso, três condições são necessárias. Essas condições são chamadas de condições de Sakharov e envolvem quebra de simetria, violação de CP e processos fora do equilíbrio.

Modelos com nós topológicos tentam satisfazer essas condições. Eles oferecem um caminho plausível e testável para explicar a bariogênese.

Modelos de partículas: simetrias B-L e Peccei–Quinn que permitem nós

Nós topológicos aparecem em modelos que quebram certas simetrias do universo cedo.

Simetria B-L

B-L é a diferença entre número bariônico e número leptônico.

Se essa simetria vira local, ela gera novos campos e forças.

Quando a simetria quebra espontaneamente, defeitos topológicos podem surgir.

Simetria Peccei–Quinn

Peccei–Quinn surgiu para resolver o problema CP forte na física.

Essa simetria contínua gera uma partícula chamada axion quando quebra.

Axions e estruturas associadas podem formar cordas e paredes de domínio.

Como os modelos permitem nós

Modelos combinam campos escalares e potenciais que definem o vácuo.

O espaço de vácuo pode ter formatos que admitem laços e nós.

Topologia aqui indica que certas configurações não se desfazem facilmente.

Esses defeitos prendem energia e podem evoluir ou colapsar depois.

Papel na bariogênese

Quando cordas ou nós colapsam, liberam muita energia em partículas.

Isto pode produzir neutrinos direitos ou causar decaimentos com violação CP.

Esses processos favorecem a matéria e ajudam a criar assimetria observada.

Sinais observacionais

Modelos preveem sinais observáveis, como ondas gravitacionais e axions no espaço.

Experimentos de axion e detetores de ondas podem procurar esses vestígios.

A detecção ajudaria a ligar teoria aos fatos cosmológicos observados.

Estrutura dos nós: cordas de fluxo e vórtices superfluido acoplados

Nós topológicos têm estrutura complexa formada por cordas de fluxo e vórtices acoplados.

Cordas de fluxo

Cordas de fluxo são linhas onde um campo gauge fica forte e concentrado.

Elas surgem durante quebras de simetria e formam filamentos com energia localizada.

Essas cordas podem se estender por grandes escalas no universo primitivo.

Vórtices de superfluido

Um superfluido é um estado do campo que flui sem viscosidade significativa.

Vórtices são redemoinhos onde a fase do campo gira cerca de um núcleo.

No núcleo, propriedades físicas mudam e a energia fica mais concentrada.

Acoplamento entre estruturas

Quando cordas de fluxo e vórtices de superfluido coexistem, eles interagem e se prendem.

Esse acoplamento altera a dinâmica e define como os defeitos evoluem com o tempo.

Ele também permite troca de energia e emissão de partículas entre as estruturas.

Geometria e topologia dos nós

Os nós surgem quando cordas e vórtices se entrelaçam formando laços tridimensionais estáveis.

A topologia explica por que esses laços não se desfazem por transformações simples.

Isso confere longevidade aos nós mesmo em ambientes cósmicos turbulentos.

Energia e possíveis colapsos

Nós acumulam grande densidade de energia concentrada em seus núcleos e fios.

Instabilidades quânticas ou perturbações podem levar ao colapso desses nós rapidamente.

O colapso libera essa energia em partículas, radiação e ondas gravitacionais observáveis.

Assinaturas observacionais

Sinais de colapso podem aparecer como bursts de ondas gravitacionais ou partículas exóticas detectáveis.

Experimentos de axion, detectores de neutrinos e observatórios gravitacionais buscam essas marcas no céu.

A descoberta de tais sinais ajudaria a ligar teoria dos nós à cosmologia observada.

A ‘era dos nós’: como esses objetos dominaram a densidade energética do Universo

Era dos nós foi um período em que defeitos cósmicos concentraram muita energia.

Esses nós surgiram cedo, durante transições de fase do universo primitivo.

Formação dos nós

Quebras de simetria criaram campos com vácuos diferentes em regiões vizinhas.

Quando essas regiões se encontraram, laços e nós topológicos apareceram.

Domínio da densidade energética

Os nós armazenaram energia nos núcleos e nos fios que os ligavam.

Se havia muitos nós, sua energia podia superar a radiação ao redor.

Isso alterou a expansão do universo por um período significativo.

Interações e colapsos

Nós se entrelaçavam, colidiam e às vezes colapsavam, liberando muita energia.

O colapso podia gerar partículas pesadas e agitar o plasma cósmico localmente.

Tais decaimentos podiam favorecer processos que produziam mais matéria que antimatéria.

Impactos na evolução cosmológica

O domínio dos nós mudou como a matéria e a energia se distribuíram depois.

Também influenciou a formação de estruturas e possíveis assinaturas observáveis.

Assinaturas observacionais

Colapsos violentos geram ondas gravitacionais e emissão de partículas exóticas.

Detectores modernos buscam esses sinais no fundo cósmico e em ondas gravitacionais.

A identificação dessas marcas poderia conectar a teoria dos nós à cosmologia real.

Colapso quântico dos nós, produção de neutrinos destros e bariogênese

Nós topológicos podem sofrer colapsos quânticos que liberam grande quantidade de energia.

Esse processo cria jatos de partículas e radiação em pequena escala.

Produção de neutrinos destros

Neutrinos destros são versões pesadas e neutras dos neutrinos que conhecemos no modelo.

Eles interagem pouco com a matéria, por isso também se chamam estéreis.

Colapsos de nós podem produzir muitos neutrinos destros de forma bastante eficiente.

Mecanismo de bariogênese

Bariogênese é o processo que gerou excesso de matéria sobre antimatéria no universo primitivo.

Para funcionar, o processo exige violação de simetrias e desequilíbrio térmico local.

Neutrinos destros podem decair de maneiras que favoreçam a matéria sobre a antimatéria.

Esses decaimentos envolvem violação de CP, pequena diferença entre matéria e antimatéria.

Conexão entre colapso e bariogênese

O colapso quântico de nós libera energia suficiente para criar partículas pesadas.

Essas partículas podem ser neutrinos destros ou campos que decaem assimetricamente no processo.

A assimetria gerada se traduz em excesso de bárions após interações térmicas.

Observáveis e testes

Decaimentos e colapsos podem produzir assinaturas detectáveis hoje em neutrinos, matéria exótica e ondas gravitacionais.

Detectores de neutrinos e observatórios de ondas estão procurando esses sinais no espaço.

Encontrar essas marcas fortaleceria a ideia de nós topológicos na cosmologia moderna.

Possíveis testes observacionais: ondas gravitacionais e implicações para cosmologia

Ondas gravitacionais e outros sinais podem revelar os nós topológicos do universo.

Ondas gravitacionais e padrões esperados

Colapsos de nós produzem rajadas rápidas de ondas gravitacionais intensas.

O conjunto dessas rajadas forma um fundo estocástico detectável com instrumentação sensível.

Detectores atuais e futuros

LIGO e Virgo já buscam sinais de alta frequência vindos de rupturas.

LISA, sensível a frequências baixas, será crucial para sinais de nós cosmológicos.

Pulsar timing arrays

Pulsar timing arrays medem atrasos em sinais de pulsares muito precisos.

Esses atrasos podem indicar um fundo de ondas gravitacionais de baixa frequência.

Sinais em neutrinos e partículas

Colapsos de nós liberam partículas exóticas e neutrinos energéticos em rajadas.

Detectores de neutrinos podem captar essas partículas em eventos raros e pontuais.

Impressões no Fundo Cósmico e estrutura

Nós topológicos podem deixar marcas no fundo cósmico de micro-ondas.

Essas marcas aparecem como anisotropias pequenas ou padrões incomuns de temperatura.

Mudanças na expansão e na formação de galáxias também são possíveis sinais observáveis.

Combinação de observáveis

Combinar dados de ondas, neutrinos e micro-ondas aumenta a chance de detecção.

Uma detecção cruzada ligaria nós topológicos às propriedades reais do universo.

Fonte: www.InovacaoTecnologica.com.br